quinta-feira, 13 de setembro de 2007

KAZA VAZIA "V"


De 16 a 30 de setembro aconteceu a 5ª edição Kaza Vazia. Trata-se de um coletivo de artistas que tem como proposta a apropriação de espaços esquecidos ou desabitados da cidade para a realização de experimentações e intervenções artísticas que resgatam a vivência dos ateliês coletivos.

O movimento teve início em 2005, por iniciativa de um grupo de estudantes da Escola de Belas Artes da UFMG. Desde então, já foram realizadas intervenções em dois casarões na Pampulha, no Edifício Maleta e no conjunto IAPI, num formato de galeria de arte itinerante que conta com um processo de criação fundamentado nas especificidades de cada local e questões ali colocadas pelo coletivo. A cada edição da Kaza, forma-se um novo grupo de artistas, incluindo participantes de outras edições e novos integrantes, favorecendo assim uma dinâmica de organização e ação única, sempre integrada a uma proposta de experimentação aberta a descobertas frente ao desconhecido.

Nesta edição, a Kaza Vazia contou com a participação de 24 artistas (alguns com especializações indiretamente ligadas à arte) de Belo Horizonte, representantes das mais diversas poéticas, e que geralmente trabalham com procedimentos e conceitos ligados à pintura, instalação, gravura, performance, poesia, etc.

A ocupação foi feita em uma casa tombada pelo patrimônio histórico, situada à Rua Leonídia Leite, no bairro Floresta, que já foi residência de Otacílio Negrão de Lima (ex-prefeito de Belo Horizonte nos anos 1935 - 1938). A casa foi gentilmente cedida pela Casa de Cultura Simão, de Cataguazes.

Os artistas passaram por um período de residência na casa, entre os dias 16 a 28 de setembro com objetivo de recolher informações, vivenciar e refletir sobre o espaço, seu entorno e a vizinhança a fim de recolher subsídios para suas intervenções artísticas. Neste período, foram realizados também bate-papos com diversos artistas convidados com intuito de levantar e discutir questões que permeiam as práticas da arte contemporânea e o tema da coletividade.

Após o período de residência, a casa foi aberta à visitação pública nos dias 29 e 30 de setembro. No último dia de exposição, ocorreu a Meza Vazia, com a participação de diversos convidados do meio artístico, que debateram o tema “Coletivos Artísticos: vias, processos e atuações”.

2 comentários:

ariel disse...

Quero agradecer a hospitalidade da kaza e parabenizá-los pelo projeto.
A kaza é intinerante, mas tive a impressão que poderia passar ali um ano. Estou ansioso pelo dia 29 e 30...
abraço a todos

forasteiro disse...

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